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Shakespeare – A tragédia de Coriolano
Uma interpretação psicanalítica
a partir Robert Stoller, Judith Butler
e do filme de Ralph Fiennes
Um estudo psicanalítico sobre Coriolano, tragédia de Shakespeare baseada na biografia de Plutarco sobre o herói/vilão romano, filmada e adaptada para a época atual nas guerras civis da ex-Jugoslávia por Ralph Fiennes. Exemplo das virtudes exaltadas em uma sociedade patriarcal: falocentrismo, guerra, violência e ação compulsiva, em vez de interioridade e introspecção, principal preocupação do comportamento com sexo/gênero, não com ética/moralidade. Uma personalidade que de tão angustiada pelo medo da castração, é incapaz de qualquer empatia. Uma aparência de ética que desanda em comportamentos anti-sociais. Que de herói se torna traidor. Relação destrutiva, simbiótica e ambivalente mãe/filho. Correlação entre melancolia de gênero, supereu sádico e violência. Shakespeare e psicanálise, um estudo dramático sobre a personalidade de políticos militaristas, defensores do passado como modelo para o futuro e que, por detrás de uma aparência patriótica e moralista, em realidade propagam o culto da violência e da morte. Sexo e gênero contra ética e moralidade: falocentrismo, violência, melancolia, gênero e supereu sádico.
Publicado em Estudos de Psicanálise, Publicação Anual do Círculo Brasileiro de Psicanálise, Belo Horizonte, nº 49, Belo Horizonte, julho de 2018.
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Arendt contra Freud: a banalidade do mal contra a radicalidade do mal
Arendt e a polêmica sobre o conceito de banalidade do mal. A genealogia desse conceito a partir de Sócrates e Sto. Agostinho. Freud e o conceito de pulsão de morte interpretado como radicalidade do mal. A genealogia desse conceito a partir dos atomistas gregos e do romantismo alemão. O romantismo alemão como fonte comum ao pensamento freudiano e ao nazismo. O amor de si como origem do mal radical segundo Kant. Amor de si e narcisismo.
Publicado em Estudos de Psicanálise, Publicação Anual do Círculo Brasileiro de Psicanálise, Belo Horizonte, nº 42, Belo Horizonte, dezembro 2014.
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Gladiator de Ridley Scott — receita de imaginário para video game
Análise do filme Gladiator, de Ridley Scott, através da comparação entre o enredo do filme visto pelo público, com as cenas suprimidas pelo diretor e a história real do Império Romano. Alguns dados sobre os jogos de gladiadores apresentados no filme e como realmente eram. Interpretação psicanalítica das mudanças realizadas pelo diretor e roteiristas: supressão, cisão e negação. Aumento da duração das cenas de luta e violência intrínseca do funcionamento do imaginário. Alterações de conteúdo que exacerbariam as características do imaginário. Hipóteses sobre forma e conteúdo do imaginário, utilizadas para filmes e video games violentos. O problema clínico das dependências de internet e video games e sua possível relação com novos tipos de assassinato.
Publicado em Estudos de Psicanálise, Publicação Anual do Círculo Brasileiro de Psicanálise, Belo Horizonte, nº 41, Belo Horizonte, julho 2014.
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